Creio que com o passar dos anos não
precisarei que o seu sorriso seja o meu Sol. Compreenderei que segundo a Física,
ou mais do que isso, segundo a lógica basta-nos a estrela que nos aquece ao
despontar ao leste todas as manhãs; e que se põe ao oeste e nos faz entardecer.
Entardecerei às seis horas de um dia qualquer e entenderei que seu derrear de lábios
será comum, perderá o fulgor, o poder hipnótico e a capacidade de esquentar a
alma – a minha alma. Convencer-me-ei de que seus dentes são apenas dentes e de
que seus olhos, outrora faiscantes, não são estrelas.
Se um dia você teve luz própria, findou-se. Vejo
isso agora, assim como noto a ausência de rastros seus. Foi-se rápido, cadente,
fora astro. Não o é mais. Cruzara o céu sem rumo e eu aplaudira a sua partida. Pude
comemorar efusivamente e de pé o final desse ciclo. Não fora o ano que rompera,
mas sim nós e os nossos nós. Voltamos ao pronome singular. Desatei-me, fiz-me clara e decidira encantar a
noite. Permiti-me renascer às seis horas de um outro dia qualquer. Não sou Lua, mas
sou nova, crescente e cheia de intensidade. Apenas deliberei por não minguar, nunca mais.
Eu ia escrever algo sobre esse meu texto, sobre o que eu quis dizer... Mas acho que o enredo já bastou. Sou uma apaixonada pela Lua e isso é evidente. Só tenho a acrescentar que mesmo falando sobre um suposto fim, o meu tom foi de alegria, quase fascínio. Espero que tenham notado e aprovado. Agradeço a quem não desiste de mim como pessoa e escritora. Beijos!
Eu ia escrever algo sobre esse meu texto, sobre o que eu quis dizer... Mas acho que o enredo já bastou. Sou uma apaixonada pela Lua e isso é evidente. Só tenho a acrescentar que mesmo falando sobre um suposto fim, o meu tom foi de alegria, quase fascínio. Espero que tenham notado e aprovado. Agradeço a quem não desiste de mim como pessoa e escritora. Beijos!