Creio que com o passar dos anos não
precisarei que o seu sorriso seja o meu Sol. Compreenderei que segundo a Física,
ou mais do que isso, segundo a lógica basta-nos a estrela que nos aquece ao
despontar ao leste todas as manhãs; e que se põe ao oeste e nos faz entardecer.
Entardecerei às seis horas de um dia qualquer e entenderei que seu derrear de lábios
será comum, perderá o fulgor, o poder hipnótico e a capacidade de esquentar a
alma – a minha alma. Convencer-me-ei de que seus dentes são apenas dentes e de
que seus olhos, outrora faiscantes, não são estrelas.
Se um dia você teve luz própria, findou-se. Vejo
isso agora, assim como noto a ausência de rastros seus. Foi-se rápido, cadente,
fora astro. Não o é mais. Cruzara o céu sem rumo e eu aplaudira a sua partida. Pude
comemorar efusivamente e de pé o final desse ciclo. Não fora o ano que rompera,
mas sim nós e os nossos nós. Voltamos ao pronome singular. Desatei-me, fiz-me clara e decidira encantar a
noite. Permiti-me renascer às seis horas de um outro dia qualquer. Não sou Lua, mas
sou nova, crescente e cheia de intensidade. Apenas deliberei por não minguar, nunca mais.
Eu ia escrever algo sobre esse meu texto, sobre o que eu quis dizer... Mas acho que o enredo já bastou. Sou uma apaixonada pela Lua e isso é evidente. Só tenho a acrescentar que mesmo falando sobre um suposto fim, o meu tom foi de alegria, quase fascínio. Espero que tenham notado e aprovado. Agradeço a quem não desiste de mim como pessoa e escritora. Beijos!
Eu ia escrever algo sobre esse meu texto, sobre o que eu quis dizer... Mas acho que o enredo já bastou. Sou uma apaixonada pela Lua e isso é evidente. Só tenho a acrescentar que mesmo falando sobre um suposto fim, o meu tom foi de alegria, quase fascínio. Espero que tenham notado e aprovado. Agradeço a quem não desiste de mim como pessoa e escritora. Beijos!
6 comentários:
Um bride às fases que nos renovam, remontam, refazem. Um brinde à sua volta, à esse calorzinho com gosto de novo, de início. Sabe o que é? Uma chama pequena crescendo e ganhando força aí, bem dentro de você. Porque cedo ou tarde a gente percebe que os Astros moram mesmo é dentro da gente.
Um beijo, minha amiga.
Caroline,
é preciso seguir os passos, num caminho torto, ou não. É preciso sempre seguir (a)diante e enxergar além da poeira acumulada nos (in)cômodos.
É preciso manter o passo, mesmo que não se saiba ainda, pra qual direção.
Beijo na alma,
O teu lugar me cativou.
Sam
E é tão bom quando ciclos se fecham e começa outro cheio de novas expectativas, não é mesmo? E o principal é quando a gente consegue desapegar-se de tudo relacionados a ciclos antigos para dedicar-se, de mente aberta, para o novo ciclo.
Beijo
Belíssimo texto, mas nao entendi se foi você quem escreveu ou não...
De qualquer forma, acho q atingiu o objetivo, pois o texto fala acima de tudo de um alívio, o prazer de recomeçar... De se livrar das amarras da vida.
Um abraço,
Giuliano, o texto fui eu que escrevi sim, aliás, todos os textos aqui postados são de minha autoria!
Abraço.
Venho deixar um abraço imenso e retribuir o carinho, seja por tantos anos, ou por alguns dias. Mas principalmente, pela troca e bonitezas que surgem e dos amigos que conquistamos e que no fundo, no fundo, não são tão virtuais assim...
Tem um presente pra você aqui: http://ancoradanoriso.blogspot.com.br/2013/03/vasto-coracao.html
Espero que se sinta num abraço e que goste.
Deixo o meu carinho.
Beijo na alma,
Sam.
Postar um comentário