Talvez você não saiba, mas durante todo esse tempo eu estive aqui embaixo observando o seu voo. Saiba que, caso você alcance o seu destino, desembarcará, de sua asa esquerda, suas petulâncias e orgulhos. E após isso, seu voo se tornará mais leve e suas manobras mais belas e eficazes... Fato esse que me deixará cada vez mais encantada. Os meus olhos fixos a te fitar, sem perder qualquer movimento seu, brilhariam como o sol, caso você se atrevesse a aterrissar ao meu lado. E se eu não possuísse a sua constante ausência, lhe pediria: – Ensine-me a voar que, em troca, ensinar-te-ei a sorrir. Porém, admito que essa seria, também, uma desculpa, com a pretensão de prendê-lo a mim, como uma tatuagem. Será que não sabes que, logo, o cansaço lhe fará companhia e o impedirá de voar, pássaro estúpido?! Eu odiaria ver o seu tombo, então, lhe peço que fique um pouco mais, e não se arrisque com tanta frequência. Mas, se a incontrolável e intrigante vontade de ser livre se manifestar em ti, então, pegue-me pelo braço e leve-me contigo. Eu adorarei experimentar o vento forte em meu rosto, o coração acelerado, mesmo que por um curto período de tempo. Confesso que durante esse tempo, te analisando de longe, eu conjuguei o verbo saber, começando por: Eu sei o quão imperfeito é você. Mas hoje, aprendi a conjugar melhor e te julgar menos – eu sei que você nunca soube, mas eu sempre estive ao seu lado.
Eu sempre fui bastante observadora, e mais uma vez escrevi uma história (essa) após observações, e mesmo que essas palavras tenham vindo e sido escritas por mim, acho que o personagem real dessa história gostaria de dizê-las. Tentei traduzir o que tal personagem parece sentir. Espero que tenham gostado do texto, o escrevi com calma, respeitando o tempo em que as palavras queriam ser escritas, e ele me passa tranquilidade. Ah, hoje é aniversário do meu irmão: Parabéns para ele, eu te amo demais Vini ♥ ! - Mil beijos.
Carol C=