O que eu sentia era uma força incontrolável, instintiva e revigorante, eu diria. E mesmo que houvesse mil pedras pelo caminho, eu fazia questão de percorrê-lo por completo. Permaneci então, durante muito tempo, seguindo em frente. Eu corria, porém sem pressa e tolerando os tropeções. Sempre me disseram: - “viver não é para quem para na primeira topada, e sim para quem topa qualquer parada”. Me propus então a “topar” todos os desafios que estivessem por vir. E se eu fiz isso, foi por mim mesma.
Desviei de inúmeras pedras mas, por vezes, a desatenção me proporcionou armadilhas inimagináveis. Foi então que a fraqueza se apresentou a mim; e trouxe consigo uma amiga íntima: a desmotivação. E eu pude sentir a dor que antes me era oculta. Eu tentava correr, mas a inércia foi mais forte. Parar pode ter sido pior, ou mais doloroso; Pois quando o sangue esfria, a ferida começa a doer, e tonar-se inútil todas as tentativas de seguir em frente.
Por segundos, pensei que as pedras, que tanto me derrubavam, não tinham serventia. Sentei-me no chão irregular, peguei cinco dessas pequenas e poderosas rivais, analisei-as com as mãos: tão sem cor, sem vida, sem calor, sem nada; No entanto, tão firmes. Entre elas havia um trevo de quatro folhas, que me lembrou como eu sou sortuda; e que mais firme e forte que todos os obstáculos (e pedras), é a minha sorte, fé e principalmente Deus, que me faz seguir em frente, mesmo quando parece ser impossível.
"E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela."
Mateus 16,18
C= Mil beijos, Carol.