quarta-feira, junho 23, 2010

Firme.

     

   O que eu sentia era uma força incontrolável, instintiva e revigorante, eu diria. E mesmo que houvesse mil pedras pelo caminho, eu fazia questão de percorrê-lo por completo. Permaneci então, durante muito tempo, seguindo em frente. Eu corria, porém sem pressa e tolerando os tropeções. Sempre me disseram: - “viver não é para quem para na primeira topada, e sim para quem topa qualquer parada”. Me propus então a “topar” todos os desafios que estivessem por vir. E se eu fiz isso, foi por mim mesma.
   Desviei de inúmeras pedras mas, por vezes, a desatenção me proporcionou armadilhas inimagináveis. Foi então que a fraqueza se apresentou a mim; e trouxe consigo uma amiga íntima: a desmotivação. E eu pude sentir a dor que antes me era oculta. Eu tentava correr, mas a inércia foi mais forte. Parar pode ter sido pior, ou mais doloroso; Pois quando o sangue esfria, a ferida começa a doer, e tonar-se inútil todas as tentativas de seguir em frente.
   Por segundos, pensei que as pedras, que tanto me derrubavam, não tinham serventia. Sentei-me no chão irregular, peguei cinco dessas pequenas e poderosas rivais, analisei-as com as mãos: tão sem cor, sem vida, sem calor, sem nada; No entanto, tão firmes. Entre elas havia um trevo de quatro folhas, que me lembrou como eu sou sortuda; e que mais firme e forte que todos os obstáculos (e pedras), é a minha sorte, fé e principalmente Deus, que me faz seguir em frente, mesmo quando parece ser impossível.
    
         "E eu te declaro: tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja; as portas do inferno não prevalecerão contra ela."
                                                  Mateus 16,18 


C=  Mil beijos,  Carol.  

quinta-feira, junho 17, 2010

Ir.

 
    " - Em toda aquela tarde ensolarada, Viajando para o norte e para o leste, 
  Caroline sentiu absoluta confiança no Futuro.  E por que não sentiria? Afinal, se
 aos olhos do mundo o pior já lhes havia acontecido, então, com certeza, era o 
 pior que elas estavam deixando para trás. "
                                                                     
                              Kim Edwards, O Guardião de Memórias.

                                           


 

segunda-feira, junho 14, 2010

"Não se pede, não se compra e nem se vende!"


    Eu nunca sonhei em tê-los. Eu nunca pedi para que estivessem incessantemente ao meu lado, como o fizeram. E todas as vezes que estiveram comigo, foi sem que eu houvesse solicitado. Eu poderia chamá-los de tolos, ou até mesmo de invasores; Pois entraram em minha vida tão abruptamente, e sem a minha permissão. Mas como eu poderia fugir ou negar algo tão essencial, que faz com que eu me sinta tão bem e tão viva?
 Droga. Droga e droga! Mil vezes droga!
 Talvez vocês sejam a minha droga.
E eu me sinto em abstinência. A abstinência é algo tão absurdo, tão indescritível. É como se o mundo estivesse parado; ou esteja mudando tão rápido, que meus olhos não conseguem acompanhar. Abstinência de todas as vezes que, inconscientemente, vocês me tornaram a pessoa mais feliz do mundo, a mais protegida. E o único mal que me causam é saudade. As vezes, sinto vontade de sair correndo por ai, pegar um rumo qualquer; e só acreditar que no fim de uma estrada, em algum lugar, eu encontrarei vocês; os mesmos de sempre, dispostos a me darem um abraço e um sorriso.
 Prefiro, então, não chamá-los de tolos ou invasores, mas sim de : meus AMIGOS!
                                                                         
                                                                                             O8 de Junho de 2O1O
   Para os meus amigos queridos.
                             Carol.

sexta-feira, junho 04, 2010

SOU METAL, raio, relâmpago e trovão ♫


    No momento em que eu mais esperava e precisava, a compreensão me fez e te fez esperar. Chegou atrasada, desarrumada e ofegante. E eu poderia dizer que ela correu o máximo que pode, na tentativa falha de diminuir a sua demora. Quando finalmente ela me alcançou, era estranha; ou contida, não sei bem. A compreensão me dominou estranhamente; que apesar de eu ter compreendido plenamente as suas mágoas e angústias do passado, eu fui, inconscientemente, fria o máximo que eu poderia ter sido. Fui fria como um metal. Talvez, eu quisesse realmente ter tido uma atitude contrária a essa, mas impulsos são mesmo incontroláveis; e talvez tenha sido melhor assim. Eu sei que todas as suas dores e decepções do passado foram enormes, e te deixaram amargurado. Mas ainda assim, tudo isso não é suficientemente devastador e angustiante para impedi-lo de ser feliz hoje. Afinal, "a infelicidade é só uma questão de prefixo".

  Carol.